O melhor remédio para dor crônica nas costas

Quando a dor nas costas parece não ter fim, o corpo pede atenção. Será que você tem dor crônica?

Leia as afirmações abaixo e reflita se concorda ou discorda de cada uma delas. Após refletir sobre as afirmações, te explico melhor sobre a dor crônica.

Perguntas para refletir

  • Minha dor nas costas se espalhou para as pernas nas últimas duas semanas.
  • Tive dor no ombro e/ou na nuca pelo menos uma vez nas últimas duas semanas.
  • Evito andar longas distâncias por causa da dor nas costas.
  • Acredito que atividade física não é segura para uma pessoa com um problema como o meu.
  • Nas últimas duas semanas, tenho me vestido mais devagar por causa da dor.
  • Tenho ficado preocupado por muito tempo por causa da dor.
  • Sinto que minha dor é terrível e que nunca vai melhorar.
  • Tenho deixado de gostar das coisas que antes me faziam bem.
  • Em uma escala de 0 a 10, quanto sua dor o incomodou nas últimas duas semanas?

Agora, pense com calma sobre suas respostas. Essas perguntas são feitas a pacientes que convivem com dor crônica — aquela dor que persiste por meses ou anos.

Quando a dor crônica deixa de ser só física

Com o tempo, a dor deixa de estar apenas no corpo. Ela passa a envolver fatores emocionais, ambientais e sociais.

Por exemplo, quando:

  • A dor causa tristeza ou desânimo;
  • Falta vontade de sair de casa ou se divertir;
  • Você acredita que o trabalho piora a dor;
  • Pensa que há algo de errado com você;
  • Sente que não há esperança;
  • O medo da dor é pior que a própria dor;
  • Acha que nunca mais poderá voltar ao trabalho;
  • Evita exercícios por medo de piorar.

Se você se reconhece nessas situações, saiba que há caminhos de melhora.

O que muda quando buscamos ajuda profissional

Com o tratamento adequado, é possível:

  • Perder o medo de se movimentar;
  • Entender que o movimento é parte da cura;
  • Perceber que não há nada “errado” com você — apenas algo que precisa de cuidado;
  • Acreditar novamente na melhora;
  • Voltar a ter vontade de sair, sorrir e viver;
  • Deixar de focar tanto na dor;
  • Descobrir que o prazer e a distração aliviam o sofrimento.

Como tratamos a dor crônica na fisioterapia

Na minha prática profissional, percebo que os pacientes com dor crônica melhoram quando o tratamento envolve duas frentes principais:

1. Acalmar o sistema nervoso

Por meio do toque terapêutico, com técnicas de:

  • Terapia manual
  • Osteopatia
  • Liberação miofascial
  • Acupuntura
  • Massagens

Essas técnicas ajudam a relaxar o sistema nervoso central, trazendo alívio e sensação de cuidado.

2. Reabilitação com movimento

Com exercícios direcionados, o paciente aprende que pode se mover sem piorar a dor — e muitas vezes sente alívio ao se movimentar.

O exercício recupera a confiança no corpo e devolve autonomia. Quando combinamos terapia manual e movimento, o corpo e o cérebro voltam a se sentir seguros. É assim que o processo de melhora pode começar.

O papel do acompanhamento médico e psicológico

O tratamento completo deve envolver também:

  • Acompanhamento médico, especialmente para avaliar medicamentos que ajudam a regular o cérebro, já que ele passa a processar a dor de forma diferente em casos crônicos;
  • Apoio psicológico, essencial para entender e tratar os fatores emocionais e sociais que alimentam a dor.

Muitas vezes, por trás de uma coluna dolorida há uma pessoa que sofre com preocupações familiares, trabalho, finanças ou outros desafios da vida.

Conclusão

A dor crônica é um tema complexo — e merece ser compreendido com carinho, ciência e paciência. Meu objetivo aqui foi abrir essa conversa e compartilhar um pouco da minha experiência clínica.

Com cuidado, atenção e o tratamento certo, é possível voltar a viver sem medo da dor.

Ariani Baggio
Fisioterapeuta
CREFITO 129999-F

Autor do Artigo:

Foto de Ariani Baggio

Ariani Baggio

Fisioterapeuta osteopata com mais de 20 anos de experiência em terapias manuais.

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Ariane Baggio

Fisioterapeuta osteopata com mais de 20 anos de experiência em terapias manuais.

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